Sobradinho, de Sá e Guarabira.
A letra fala nas conseqüências de uma barragem que seria construída no rio São Francisco e resgata a figura lendária do beato Antonio Conselheiro, líder da Revolta de Canudos (1893-1897) e provavelmente o autor de uma fala visionária difundidade até hoje: "o sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão".
Músicas como essa revelam a presença de rios, lagos ada e outros, no cotidiano das pessoas. As águas são referenciais na vida, seja ele físico ou sentimental, Sobradinho fala sobre as conseqüências dos impactos sobre os recursos naturais, como os rios.
Sobradinho
O homem chega e já desfaz a natureza
Tira a gente põe represa, diz que tudo vai mudar
O São Francisco lá prá cima da Bahia
Diz que dia menos dia vai subir bem devagar
E passo a passo vai cumprindo a profecia
Do beato que dizia que o sertão ia alagar
O sertão vai virar mar
Dá no coração
O medo que algum dia
O mar também vire sertão
Vai virar mar
Dá no coração
O medo que algum dia
O mar também vire sertão
Adeus Remanso, Casa Nova, Sento Sé
Adeus Pilão Arcado vem o rio te engolir
Debaixo d'água lá se vai a vida inteira
Por cima da cachoeira o Gaiola vai subir
Vai ter barragem no salto do Sobradinho
E o povo vai se embora com medo de se afogar
O sertão vai virar mar
Dá no coração
O medo que algum dia
O mar também vire sertão
Vai virar mar
Dá no coração
O medo que algum dia
O mar também vire sertão
Nenhum comentário:
Postar um comentário