terça-feira, 2 de setembro de 2014

Leviatã (animação inspirada na obra de Thomas Hobbes)

O Estado Novo de Getúlio Vargas 1937

O Efeito Borboleta,  destino e o livre-arbítrio 


1. EFEITO BORBOLETA, O FILME

Evan Treborn, vivido pelo ator Ashton Kutcher, perdeu o sentido do tempo. Ainda criança vive verdadeiros lapsos temporais, onde eventos significativos da sua vida caem no buraco negro do esquecimento. A juventude cheia de frustrações é repleta de acontecimentos dolorosos, dos quais alguns ele não consegue recordar. Evan Treborn assiste às vidas das pessoas a seu redor, em especial de seus amigos de infância - Kayleigh (Amy Smart), Lenny (Elden Henson) e Tommy (William Lee Scott) - serem alvo de duros reveses.Sob cuidados psicológicos desde a infância, ele é incentivado a escrever um diário onde registra sua atormentada existência. Na faculdade, aparentemente livre das “crises” de lapso de memória, Evan, em determinado momento do filme é levado a rever seus diários, e no instante em que começa a ler suas memórias sente algo espantosamente inexplicável: faz uma viagem no tempo, ao passado. Percebe que os cadernos-diários guardados desde a infância são um veículo que o leva de volta ao passado para recuperar as memórias “perdidas”. Entretanto, as recordações trazidas do presente carregam uma alta carga de “culpa”, fazendo com que ele sinta-se responsável pelas vidas destruídas dos amigos - um deles com sérios traumas emocionais - principalmente a vida de Kayleigh, a namorada da infância que ele continuou a amar até adulto.Descobrindo a possibilidade de “viajar no tempo”, Evan começa a voltar sequencialmente ao passado - pois pode manter a mente de adulto no corpo de criança - decidido a fazer coisas da qual era incapaz na época, para tentar reescrever a VIDA e poupar aos amigos e às pessoas queridas aquelas experiências traumáticas.Entretanto, toda a vez que Evan Treborn MUDA UM ACONTECIMENTO PASSADO, ao voltar ao presente descobre que seus atos tiveram CONSEQUÊNCIAS INESPERADAS E DESASTROSAS NO PRESENTE. O personagem vai aos poucos percebendo uma dinâmica existencial, muito mais intrincada e complexa do que poderia supor, além do raciocínio cartesiano da temporalidade linear de passado-presente-futuro.O filme aborda a questão da “LEI DE AÇÃO E REAÇÃO”, utilizando os princípios da chamada TEORIA DO CAOS que preconiza a existência do EFEITO BORBOLETA.


2.1 O EFEITO BORBOLETA


Quando falamos de determinismo – o demônio de Laplace – podemos pensar numa simples viagem de avião: se soubermos a distância a ser percorrida, a velocidade do avião, a existência ou não de escalas, poderemos calcular com absoluta precisão o horário de chegada no local de destino.A situação pode funcionar na teoria, mas na prática a realidade é outra. Uma turbulência imprevista, a formação de um teto baixo no aeroporto de destino impossibilitando o pouso, um defeito numa peça da aeronave, e outras ocorrências, poderão provocar atrasos ou impossibilitar simplesmente a viagem. Tais possibilidades estão presentes em concordância com a Teoria do Caos, porque a maioria dos sistemas não pode ser determinado em decorrência da chamada “dependência sensível das condições iniciais, ou EFEITO BORBOLETA”.A expressão “efeito borboleta” é usada para denominar um fenômeno no qual uma borboleta, batendo suas asas na muralha da China, pode provocar uma tempestade em Nova York, ou seja, fenômenos em que um pequeno fator provoca grandes transformações são mais comuns do que se pensa.

3. DETERMINISMO E LIVRE-ARBÍTRIO
A tese filosófica do DETERMINISMO, debatida há milênios pelos filósofos, sustenta em termos gerais que tudo o que acontece está predeterminado, ou seja, o livre-arbítrio seria quase uma ilusão. A ciência e a filosofia têm sustentado que a matéria comporta-se de forma completamente determinista, e a partir dos séculos XVI e XVII, tal posicionamento foi ratificado com as teorias do brilhante Sir Isaac Newton.
Podemos afirmar com alguma segurança que no âmbito dos fenômenos materiais o determinismo pode ser utilizado como parâmetro para prevermos o comportamento de sistemas, em dado momento e condições específicas, com “absoluta” precisão. Entretanto, quando aplicamos o chamado determinismo ao ser humano e sua existência no atual panorama planetário, surgem vários obstáculos que impedem a “pré-determinação”.

3.1 LIVRE-ARBÍTRIO E FATALIDADE


Ao lidarmos com o ser humano, a visão materialista de que tudo no homem é MATÉRIA coloca-nos em conflito com a delicada questão do LIVRE-ARBÍTRIO. Se o homem fosse composto apenas de matéria, que está sujeita a leis rígidas segundo a ciência clássica, como poderíamos modificar nosso destino? Haveria por conseqüência a chamada FATALIDADE? Buscando a definição de fatalidade no dicionário encontramos: “fatalidade é a marca do que é fatal, a força daquilo que predispõe irrevogavelmente os acontecimentos, o destino”.

Na definição de fatalidade surge o adjetivo fatal que segundo sua definição é “aquilo que é certo, prescrito pelo destino, inadiável, irrevogável, que necessariamente acontecerá, inevitável, decisivo funesto, nefasto” (grifos nossos). Logo, quando falamos de destino vinculamos ao mesmo à idéia de fatalidade, algo fatal, simplesmente irrevogável, inevitável, decisivo, funesto e nefasto. A noção de destino como algo fatal, e fatal como funesto e nefasto está implícita em nosso inconsciente há muitas vidas, provavelmente, e tem levado o ser humano a conclusões equivocadas a respeito dos acontecimentos de sua vida. 



Determinismo ou Efeito Borboleta!



Pensava-se que o livre-arbítrio existia para o ser humano como o determinismo existe para a matemática.

É tão comum ouvir-se dizer: 'o bater de asas de uma borboleta, na Europa, afeta o clima no Japão'. E a verdade é que uma pequena alteração que seja às condições iniciais de qualquer processo, causa um grande impacto no seu resultado final. Está comprovado por diversos estudos científicos que pequenas variações iniciais geram fortes consequências no resultado final.

O que pode parecer mais estranho é que o determinismo não está só para a matemática mas também para o ser humano.


Vejamos aquilo a que chamamos de livre-arbítrio.
O ser humano terá realmente total liberdade para fazer as suas escolhas?
E para tomar as suas decisões?


NÃO. Incrivelmente, a resposta é NÃO.
Este é o problema do determinismo aplicado ao ser humano.
As escolhas do ser humano são determinadas por um conjunto de fatores intrínsecos a cada indivíduo, fatores como a cultura, a educação, as vivências da infância, o meio externo, entre tantos e tantos e tantos outros.
O ser humano tem a liberdade de escolher ou decidir sendo que essa decisão está fortemente influenciada pelo passado e pelo meio externo. E essa escolha ou decisão tomada será também ela um fator determinista e influenciador no futuro.

O comportamento do ser humano é de tal forma complexo e com tantos fatores influenciadores que se torna indeterminável mas é necessariamente determinista.
Curioso ah!!

Destino (Efeito Borboleta)

Sartre e Beauvoir (Globo ciência)

Simone de Beauvoir: "Ninguém nasce mulher, torna-se mulher"


Em 1976, numa entrevista, Beauvoir dizia que as mudanças pelas quais lutara não se realizariam durante a sua vida. "Talvez daqui a quatro gerações." Que importância tem hoje 'O Segundo Sexo'? Cem anos depois do seu nascimento, a França ainda se comove com elaPublicado em 1949, tinha Simone de Beauvoir 41 anos, 'O Segundo Sexo' viria a ser considerado uma marca fundamental no pensamento feminista do século XX, abrindo caminhos para a teorização em torno das desigualdades construídas em função das diferenças entre os sexos. Composto por dois volumes (Factos e Mitos e A experiência vivida), o livro debate a situação da mulher, do ponto de vista biológico, sociológico e psicanalítico, inaugurando problemáticas relativas às instâncias de poder na sociedade contemporânea e às diferentes formas (tantas vezes conflituais) de dominação. Reflectindo, pois, sobre as razões históricas e os mitos que fundaram a sociedade patriarcal e a sustentam e que trataram a mulher como um "segundo sexo", silenciando-a e relegando-a para um lugar de subalternidade, Beauvoir irá apontar soluções que visam à igualdade entre os seres humanos.Fonte de inspiração para autoras como Betty Friedan, que lhe dedicou o seu já clássico 'The Feminine Mystique' (1963), 'O Segundo Sexo' antecipa, de forma admirável, o feminismo da chamada "segunda vaga", que surgiria quase três décadas depois, com o movimento de libertação das mulheres a desenvolver-se, no final dos anos 60, a par de outros movimentos sociais de contestação, de carácter transnacional - as lutas pelos direitos cívicos, os movimentos estudantis, as preocupações ecossistémicas, a reivindicação, por parte das minorias, de uma voz e de um lugar que fosse seu. "A disputa durará enquanto os homens e as mulheres não se reconhecerem como semelhantes, isto é, enquanto se perpetuar a feminilidade como tal", escrevia Beauvoir. Entendendo "feminilidade" como uma construção, a teorização de Beauvoir é levada a cabo a partir da dupla edificação deste conceito dentro do paradigma patriarcal - o "feminino" como essência e o "feminino" como código de regras comportamentais.Sexo e géneroAntecipando os movimentos feministas, Beauvoir antecipa ainda aquela que viria a ser uma das pedras de toque teóricas para os estudos feministas de raiz anglo-americana: a apropriação da palavra "género", para significar a construção social de uma diferença orientada em função da biologia, por oposição a "sexo", que designaria somente a componente biológica. É a partir da frase já célebre de O Segundo Sexo "On ne naît pas femme, on le devient" ("Não nascemos mulheres, tornamo-nos mulheres"), que teóricas feministas como Joan Scott irão, nos anos 80, reflectir sobre o estabelecimento da diferença entre "sexo" e género ("diferença sexual socialmente construída"), desafiando e questionando a noção de que a biologia é determinante para os papéis atribuídos às mulheres e de que existe uma "essência feminina". Assim, dentro de um quadro conceptual feminista, a questão proposta por Beauvoir é crucial, visto denunciar o carácter eminentemente artificial da categoria "mulher": um ser humano do sexo feminino "não nasce mulher", antes "se torna mulher", através da aprendizagem e repetição de gestos, posturas e expressões que lhe são transmitidos ao longo da vida. Só por isto se teria O Segundo Sexo mantido actual. Surpreendente é que novas teorias, como a teoria queer, surgida há pouco mais de uma década, emergente dos estudos feministas e devedora dos estudos gay e lésbicos, revisitem Beauvoir e a sua célebre frase. Tendo como um dos seus nomes mais marcantes Judith Butler, a teoria queer assume-se como emancipatória, ao defender que as identidades são criadas pela repetição de certos actos culturalmente inscritos no corpo. Reagindo às políticas de identidade, que haviam sido, nas décadas de 70 e 80, fulcrais para o sucesso das políticas de inclusão social, Judith Butler, e o seus Gender Trouble (1990) e Undoing Gender (2004), partem desse "On ne naît pas femme, on le devient", de Beauvoir, para acentuar a ideia de que a identidade é fluida e instável e de que "género" é um conjunto de actos performativos. Neste caso, em lugar de se ler "Não nascemos mulheres, tornamo-nos mulheres", poderia ler-se "Ninguém nasce mulher, torna-se mulher", ou seja, todos e todas nós aprendemos a construir identidades a partir de modelos aparentemente matriciais, que se foram depois cristalizando, mas que são, eles próprios, simulacros. A ênfase é, pois, colocada na transformação - que, podendo ser limitação, pode igualmente expandir-se para gesto de liberdade.Em 1976, numa entrevista, Simone de Beauvoir dizia que as mudanças pelas quais lutara não se realizariam durante a sua vida. "Talvez daqui a quatro gerações", acrescentava. Para esta jovem teoria, a lição de Beauvoir coloca-se também num "devir", esse devenir de que, há quase 50 anos, ela falava. Jovem, outra vez, neste ano que celebra o centenário do seu nascimento.

Ana Luísa AmaralEscritora, e professora de Literatura Anglo-Americana e de Estudos Feministas na Faculdade de Letras do Porto

Simone de Beauvoir - Entrevista Completa.

A Natureza Humana e a Política em Aristóteles

Aristóteles analisa o Estado como uma finalidade a ser desenvolvida pelo ser humano. Faz uma análise da sociedade utilizando-se do método analítico, onde considera que o todo é sempre mais importante que a parte. O todo para Aristóteles quando analisa a sociedade civil é o Estado e as partes são a família, as pequenas comunidades e finalmente o indivíduo.
O filósofo acredita que todo ser tem uma potencialidade natural a ser desenvolvida, ou seja,  uma finalidade a ser alcançada_ e a existência de todo o ser só tem sentido no desenvolvimento dessa finalidade. Se analisarmos uma árvore ela tem sua finalidade natural, se observarmos a semente ela tem uma finalidade natural, a qual está na sua essência, nasce com ela, que é a de se transformar em árvore e assim por diante. Quando falamos do indivíduo segundo Aristóteles, falamos de um indivíduo que é considerado na sua essência, na sua natureza como um ser que deve desenvolver sua finalidade, a  qual é desenvolver a política, a sociedade, o Estado. Um dos pensamentos de Aristóteles que reflete bem essa ideia é encontrado no seu livro A Política: “O homem é um animal social e político”. Isso significa dizer que o homem tem por essência o desenvolvimento natural da sociedade, e não por convenção como muitos outros filósofos acreditam.
Em conformidade com Aristóteles a natureza humana tem por fim; ou seja, por objetivo desenvolver o Estado e quando o indivíduo não desenvolve sua natureza social destoa de sua essência, logo, segundo o filósofo:
[...] é evidente que o Estado é uma criação da natureza e que o homem é, por natureza, um animal político. E aquele que por natureza, e não por mero acidente, não tem cidade, nem Estado, ou é muito mau ou muito bom, ou sub-humano ou super-humano. [...] mas aquele que for incapaz de viver em sociedade, ou que não tiver necessidade disso por não ser autossuficiente, será uma besta ou um Deus, não uma parte do Estado. (ARISTÓTELES, Política, p. 146-147). 

Aristóteles

Claudio F Costa: LIVRE ARBÍTRIO I

Filósofos e a educação - Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino.mp4

Filósofos e a educação - Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino.mp4

Livre-arbítrio - A Estrada e o Tempo

Santo Agostinho

Predestinação x Livre Arbítrio - Augustus Nicodemus

Reflexões sobre Liberdade e Libertarismo
Filosofia - textos das aulas anteriores – 3ª série – 3º bimestre - Ensino Médio

Libertarismo

A posição do libertarismo entende a liberdade como a possibilidade do indivíduo de decidir e agir conforme sua própria vontade. Ser livre é, pois, o mesmo que agir voluntariamente, sendo esta vontade determinada pelo próprio agente exclusivamente. Ou seja, diante de uma situação qualquer, posso agir de uma maneira ou de outra,dependendo apenas de minha decisão. Isto também e conhecido como autodeterminação, pois o próprio sujeito que age é causa de sua ação.
Um dos primeiros a formular essa noção de liberdade foi Aristóteles, 384-322 a.C., no Livro III da obra Ética a Nicômaco. Ele distinguevoluntário do involuntário. “Parecem ser involuntárias as ações praticadas por força ou por ignorância. É forçado o ato cujo princípio é exterior ao agente, princípio para o qual o agente ou paciente em nada contribui; por exemplo, se o vento ou homens, que dominam a situação, levarem-no a algum lugar”. Por conseguinte, “ovoluntário parece ser aquilo cujo princípio reside no agente que conhece as circunstâncias particulares nas quais ocorre a ação”. Para Aristóteles, há também certas situações que parecem misturar o caráter voluntário e involuntário, ou seja, quando uma escolha se dá em função das circunstâncias do momento. São ações voluntárias, mas absolutamente são involuntárias, pois ninguém escolheria tais atos por si mesmos.

Por outro lado o involuntário é também aquilo que se faz por ignorância. E existe uma diferença entre agir por ignorância e agir na ignorância. No primeiro, age-se por causa da ignorância, isto é, a ignorância é a causa da ação. Se soubesse o que fazia a pessoa não agiria de tal maneira. No segundo caso, a ignorância não é propriamente a causa da ação, mas, ao contrário, consequência de uma outra causa (a embriaguez, a fúria, etc.), que leva a pessoa a ignorar momentaneamente o que faz. Segundo Aristóteles "a escolha deliberada é acompanhada de pensamento e reflexão". Por isso, ela é própria dos seres humanos. Escolher envolve deliberação, decisão. Deliberar, por sua vez, requer investigação e análise. Mas nem tudo é passível de deliberação. Sobre certas coisas não temos nenhum poder de decidir. Só podemos escolher e deliberar "sobre as coisas que estão em nosso poder, que podem ser feitas". "São possíveis aquelas coisas que ocorrem por nós mesmos". Assim, diz Aristóteles, "cada um de nós homens delibera sobre aquilo que pode ser feito por si próprio".


                                           Fonte: Filosofia – Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

DETERMINISMO

Recebe esta denominação a doutrina segundo a qual a totalidade dos fenômenos constitutivos da realidade se encontra submetida a determinadas leis, estas sendo compreendidas como possuindo caráter natural. Tais leis, ainda, são consideradas como sendo regidas por uma relação de causalidade. Deste modo, a realidade se estrutura a partir de leis que regem e estão presentes em todos os acontecimentos.
O determinismo foi utilizado, como sistema explicativo do universo, a partir da Idade Moderna, em especial para a determinação das leis que governam os fenômenos naturais. Esta doutrina se baseia na concepção mecanicista do mundo físico, que aborda todo movimento como submetido a leis de tipo mecânico, isto é, que se repetem com absoluta regularidade, dada a igualdade das situações observadas.
O mecanicismo procura formular os princípios ou leis gerais que regulam as propriedades existentes nos corpos naturais. Algumas características do determinismo: universalismo, uma vez que sua adoção deve, necessariamente, referir-se a todos os fenômenos do universo; sua impossibilidade de prova, característica que decorre, como consequência, de seu universalismo; negação do tempo, enquanto força promovedora de uma sucessão irreversível de acontecimentos. O determinismo foi encarado de maneira diferente por vários pensadores da Era Moderna. Para alguns, ele constitui um sistema estritamente científico; para outros, ele consiste em um modo metafísico de explicação da realidade. É possível operar uma distinção, entre uma posição determinista parcial ou radical.
O primeiro afirma o determinismo como aplicável somente a uma parcela da realidade. O segundo afirmam que a realidade como um todo está sujeita a leis determinadas, não somente o mundo natural mas, ainda, as ações, pensamentos e desejos humanos. Esta radicalização foi criticada por diversos autores, especialmente, em nosso século, pelos filósofos existencialistas.
Estes pensadores afirmam que, levado às suas últimas consequências, o determinismo, ao ser aplicado a todas as esferas da vida humana, leva à negação da possibilidade da liberdade.