sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

13 - O SEGUNDO REINADO: CONSOLIDAÇÃO

1. A dissolução da Câmara

  • Com a antecipação da maioridade, os liberais subiram ao poder.
  • Em março de 1841; novamente os conservadores assumem o governo.
  • Os liberais contavam com a maioria na Assembléia que ia ser instalada em 1842, mas o governo a dissolveu em 1.0 de maio. Foi essa a razão das revoltas liberais de São Paulo e Minas Gerais em 1842.

2 . As revoluções liberais

Padre Antonio Diogo Feijó

  • Em São Paulo, a revolta liberal contou com a participação de Rafael Tobias de Aguiar e do Padre Feijó.
  • Sorocaba foi a sede do governo revolucionário e Tobias de Aguiar foi aclamado presidente da Província de São Paulo.
  • O movimento foi dominado pelas tropas de Caxias.
  • Em Minas Gerais, a revolução teve início em Barbacena, e foi chefiada por Teófilo Otoni.
  • Na Batalha de Santa Luzia,. os revoltosos foram derrotados.

3 . O fim da Guerra dos Farrapos

  • A Guerra durava desde a regência de Feijó, fracassando inúmeras tentativas de pacificação por meio das tropas enviadas pelo governo imperial.
  • Davi Canabarro recusou apoio que o ditador Rosas, da Argentina, lhe ofereceu·· contra as forças do Império.
  • Caxias assumiu o comando das tropas imperiais, e conseguiu inúmeras vitórias (Poncho Verde, Piratini).
  • Em 1845, os Revoltosos renderam-se.

A Praieira

  • Foi a última revolta interna contra o governo imperial. Foi também a de maior profundidade e participação popular.
  • Fatores da revolução: insatisfação dos liberais com o governo dos conservadores; repercussão das idéias das revoluções liberais que ocorreram na Europa em 1848; revolta contra o sistema latifundiário; idéias anti-portuguesas.
  • O Diário do Povo; editado na Rua da Praia, no Recife, teve importante participação na revolta.
  • Em 1848, os conservadores assumiram o poder em Pernambuco, causando a revolta, que foi chefiada por Pedro Ivo Veloso da Silveira.
  • Pedro Ivo tentou sem sucesso tomar Recife e conquistar a Paraíba. Foi preso, levado para o Rio de Janeiro, de onde fugiu, morrendo em viagem para a Europa.

Guerras contra Oribe, Rosas e Aguirre
Juan Manoel de Rosas

  • Fatores principais: interesses brasileiros com respeito à navegação no Prata; atitudes inamistosas dos blancos, que invadiam e saqueavam propriedades no Rio Grande do Sul; intromissão da Argentina na polítiica uruguaia.
  • Oribe, chefe blanco, auxiliado por Rosas, combatia o governo uruguaio.
  • O Brasil aliou-se ao governo uruguaio e a Justo José Urquiza, governador das províncias argentinas de Entre Rios e Corrientes, para combater Oribe e Rosas.
  • Grenfell e Caxias obrigaram Oribe à rendição.
  • Na luta contra Rosas, a esquadra brasileira venceu a Batalha do Passo de Tonelero; as tropas venceram a Batalha de Monte Caseros. Derrotado, Rosas refugiou-se na legação inglesa de Buenos Aires, de onde seguiu para a Europa.
  • Continuavam as lutas políticas no Uruguai, onde foram hostilizados alguns brasileiros; além disso, os blancos continuavam a atacar o Rio Grande do Sul.
  • As reclamações brasileiras e as negociações diplomáticas entre o Brasil e o Uruguai não obtiveram êxito.
  • O Brasil deu um ultimato ao governo uruguaio, exigindo reparação dos danos. O ultimato também não foi considerado. Teve início a guerra.
  • Venâncio Flores, inimigo de Aguirre, juntou suas forças às tropas imperiais nas batalhas de Salto e Paissandu; os brasileiros venceram.
  • Tamandaré cercou Montevidéu por mar, terminando a guerra. Flores assumiu o poder no Uruguai.

6. Questão diplomática com a Inglaterra

  • Fatores: roubo da carga do navio Prince of Walles, que naufragou na costa do Rio Grande do Sul e a prisão dos oficiais ingleses que promoviam desordens no Rio de Janeiro.
  • O ministro inglês Christie exigiu indenização pela carga do navio e o pedido oficial de desculpas pelo governo pelo caso dos oficiais.
  • Não sendo atendido, o ministro mandou prender cinco navios mercantes brasileiros.
  • O rei da Bélgica foi árbitro da questão e deu ganho de causa ao Brasil.
  • A Inglaterra não apresentou desculpas ao governo brasileiro, o que provocou o rompimento de relações entre as duas nações (reatadas em 1865 em Uruguaiana).

7 . Guerra do Paraguai

  • O Paraguai se opôs à intervenção brasileira contra o governo de Aguirre, declarando, por isso, guerra ao Brasil.
  • O Paraguai tinha grande poderio militar, desenvolvido com objetivos defensivos. Solano Lopez pretendia também criar o Paraguai Maior.
  • A iniciativa da guerra foi tomada pelo Paraguai, que aprisionou o navio brasileiro Marquês de Olinda e invadiu o Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Corrientes (Argentina).
  • A reação contra Lopez tomou impulso com a formação da Tríplice Aliança pelo Brasil, Argentina e Uruguai.
  • As forças aliadas, comandadas pelo General Mitre, venceram as batalhas de Riachuelo e Tuiuti; as tropas de Estigarríbia renderam-se em Uruguaiana. Aconteceu nessa fase da guerra a Retirada da Laguna.
  • Caxias reorganizou o exército, conseguindo vencer as batalhas de Tuiuti, Humaitá e os combates da Dezembrada: Itororó, Avaí, Lomas Valentinas e Angostura.
  • Em 5 de janeiro de 1869, Caxias entrou em Assunção, retirando-se da guerra pouco depois.
  • A fase final da Guerra do Paraguai foi comandada pelo Conde D'Eu, que conseguiu vencer os paraguaios nas batalhas de Peribebuí e Campo Grande.
  • Em 1.° de março de 1870, Lopez morreu, depois de cercado pelas tropas do General Câmara, terminando a guerra.

Resultados
  • O exército paraguaio foi destruído; o país, arrasado; passou a ser governado por um governo provisório que deu início à reconstrução nacional.
  • No Brasil, as idéias republicanas e abolicionistas tiveram desenvolvimento; o Império tornou-se a primeira potência da América do Sul.

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