No vocabulário militar, o Dia D (do inglês D-Day) é um termo usado frequentemente para denotar o dia em que um ataque ou uma operação do combate devem ser iniciados.
Apesar de sua longa tradição como potência militar, a participação da França na Segunda Guerra Mundial não foi decisiva. Ocupada pelos nazistas em junho de 1940, o país precisou, quase 4 anos depois, de ajuda maciça de Tropas britânicas, Norte-americanas e Canadenses para sua libertação, iniciando-se em 6 de junho de 1944, justamente sendo este dia conhecido como dia D. Os Franceses no início da guerra foram surpreendidos pelos exércitos alemães, e não conseguiram bloqueá-los nem mesmo com a ajuda inglesa. O Dia D , Le jour "J" em francês, objetivava a libertação de Paris e de toda a França, com os aliados avançando das praias da Normandia para o interior do país até libertarem a capital francesa em 25 de Agosto de 1944.
A expressão Dia-D (D-Day) apareceu pela primeira vez nas ordens de batalha do Exército Norte Americano na Primeira Guerra Mundial.
A utilização de um nome em código para o dia de ínicio de uma operação, em sua fase de planeamento, leva em consideração que várias medidas devem ser tomadas antes e após o início dos combates e que devem ser organizadas em função da data e hora precisas da operação. Entretanto, tendo-se em vista que vários fatores podem alterar o dia de início de qualquer operação militar, seria impossível e até mesmo inseguro fazer circular vários documentos contendo a data específica. Assim o planejamento é estruturado marcando-se o Dia (D), Hora (H) e minuto (M) do começo da ação e calculando-se da seguinte forma:
- O dia anterior é dia D - 1, a hora anterior é hora H - 1. O segundo dia de operação é Dia D + 1. E assim por diante.
O Dia D (Operação Overlord) mais famoso da história militar foi 6 de junho de 1944 - o dia em que a Batalha da Normandia começou - iniciando a libertação do continente Europeu da ocupação Nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Foi a nona operação da Segunda Guerra Mundial com maior número de baixas (Barbarossa - 1.582.000; Stalingrado - 973.000; Cerco de Leningrado - 900.000; Kiev - 657.000; Operação Bagration 1944 - 450.000; Kursk - 325.000; Berlim - 250.000; Campanha Francesa de 1940 - 185.000; Operação Overlord ou DIa D- 132.000).
Devido a isto, as estratégias de certas operações militares posteriores tentaram evitar utilizar o termo. Por exemplo, a invasão de Leyete pelo Gen. MacArthur começava no "A-day" (dia A), e a invasão de Okinawa no "L-Day" (dia L). 1 de novembro, 1945, a data proposta para a invasão do Japão, deveria ser "X-Day" (dia X). Uma segunda vaga de desembarques em Tóquio seria "Y-Day" (dia Y), a 1 de março,1945.
Senhas especiais foram divulgadas pelas rádios na véspera da investida. Tratava-se dos quatro acordes iniciais da Quinta de Beethoven, das palavras “Mickey Mouse” e o verso “Les sanglots longs des violons de l’automne blessent mon coeur d’une langueur monotone”, de Charles Baudelaire.
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