domingo, 25 de abril de 2010

172 - História das canetas



A escrita foi uma das mais importantes descobertas do homem. Contudo, para a aplicação deste grande avanço, era necessária a criação de certos instrumentos.

Na escrita cuneiforme, tipo criado pelos babilônicos, eram utilizados pedaços pontiagudos de madeira ou ossos para traçar os escritos, marcando permanentemente o bloco de argila onde eram feitos.

Algum tempo depois, os egípcios desenvolveram o papiro, a primeira forma de papel. Consequentemente, era necessária a criação de algo para escrever nos mesmos. Desta forma, surgiu a idéia de se utilizar ossos molhados em tintas vegetais. 



Durante muitos anos, as penas de ganso foram as principais formas de se escrever. Somente no final do século XVIII é que surgiu a idéia de substituir tal instrumento por um objeto manufaturado. Assim, foram criadas as penas de metal, as quais obtiveram relativo sucesso na época, embora as penas de ave continuassem a ser usadas.

Durante o século XIX, vários estudiosos tentaram desenvolver uma espécie de caneta com tinta em seu interior, o que chamamos hoje de caneta tinteiro. Em 1884, Lewis E. Waterman patenteou tal invenção.

As canetas esferográficas, principal modelo usado atualmente, surgiram em 1937 por meio do húngaro Ladislao Biro, o qual se baseou em uma caneta que não borrava e cuja tinta não secava no depósito, como fazia a velha caneta-tinteiro.
Vendo o fato de tais canetas serem mais resistentes que as convencionais e funcionarem em grandes altitudes, onde há menos pressão, o governo britânico comprou os direitos da caneta patenteada para que pudesse ser utilizada pela tripulação da Força Aérea Real. Assim, a caneta Biro ganhou grande notoriedade, já que era grandemente empregada pelos militares britânicos na Segunda Guerra Mundial.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

169 - O papiro

168 - Campanha contra o preconceito produzido pela sociedade Sindrome de Dawn

167 - Muhammad Ali (o maior pugilista de todos os tempos)

Em um aula perguntei aos meus alunos se eles conheciam Muhammad Ali ou Cassius Clay. Nenhum deles o conhecia. Então resolvi postar aqui algumas informações daquele que é considerado o maior pugilista de todos os tempos.






Muhammad Ali-Haj, nascido Cassius Marcellus Clay Jr., (Louisville17 de janeiro de1942) é para muitos o melhor pugilista de todos os tempos. É mundialmente conhecido não somente pela sua maneira de boxear, mas também pelas suas posições políticas. Ali foi eleito " O Esportista do Século" pela revista americana Sports Illustrated em 1999.
Nascido no estado do Kentucky, tornou-se o melhor lutador de boxe do seu tempo e começou vencendo os Jogos Olímpicos de 1960. Conquistou o título de campeão dos pesos pesados ao derrotar Sonny Liston em 1964. Perdeu o título em 1967 e foi proibido de atuar por três anos e meio por ter se recusado a lutar no Vietnã. Recuperou o posto ao ser reabilitado, mas logo perdeu para Joe Frazier. Ganhou de novo o título em 1974 ao vencer George Foreman em luta realizada no Zaire (retratada no documentário "Quando éramos Reis"), perdeu-o em 1978 para Leon Spinks e em seguida retomou-o de Spinks. Retirou-se do boxe quando ainda era campeão.
Foi o único boxeador que até hoje suportou 12 assaltos com o maxilar quebrado (luta com Ken Norton, em 1973). Converteu-se ao Islamismo (mudando de nome para Muhammad Ali-Haj) e lutou contra o racismo.

Particularidades

Muhammad Ali costumava chamar atenção do público menosprezando seus adversários, com críticas indiscretas e racistas; causando muitas vezes um efeito psicológico considerável. Pode-se dizer que, quanto maior o tempo de preparação para uma determinada luta, maior seria a probabilidade de Ali influenciar psicologicamente seu oponente, utilizando-se da mídia com sua oratória obstinada e desdenhosa.
Ali hoje é considerado o rei do boxe mundial. Muhammad Ali tem a doença de Parkinson, diagnosticada no início da década de 1980. Em 2010, Ali foi a Israel para tratar a doença. O trabalho é feito com células tronco adultas. Os testes até então realizados com ratos tiveram sucesso, mas sua eficácia em seres humanos ainda será testada.
Em 2001, Will Smith interpretou Muhammad Ali no filme Ali.

166 - De onde vem o sapato

165 - Dia D




No vocabulário militar, o Dia D (do inglês D-Day) é um termo usado frequentemente para denotar o dia em que um ataque ou uma operação do combate devem ser iniciados.
Apesar de sua longa tradição como potência militar, a participação da França na Segunda Guerra Mundial não foi decisiva. Ocupada pelos nazistas em junho de 1940, o país precisou, quase 4 anos depois, de ajuda maciça de Tropas britânicas, Norte-americanas e Canadenses para sua libertação, iniciando-se em 6 de junho de 1944, justamente sendo este dia conhecido como dia D. Os Franceses no início da guerra foram surpreendidos pelos exércitos alemães, e não conseguiram bloqueá-los nem mesmo com a ajuda inglesa. O Dia D , Le jour "J" em francês, objetivava a libertação de Paris e de toda a França, com os aliados avançando das praias da Normandia para o interior do país até libertarem a capital francesa em 25 de Agosto de 1944.
A expressão Dia-D (D-Day) apareceu pela primeira vez nas ordens de batalha do Exército Norte Americano na Primeira Guerra Mundial.
A utilização de um nome em código para o dia de ínicio de uma operação, em sua fase de planeamento, leva em consideração que várias medidas devem ser tomadas antes e após o início dos combates e que devem ser organizadas em função da data e hora precisas da operação. Entretanto, tendo-se em vista que vários fatores podem alterar o dia de início de qualquer operação militar, seria impossível e até mesmo inseguro fazer circular vários documentos contendo a data específica. Assim o planejamento é estruturado marcando-se o Dia (D), Hora (H) e minuto (M) do começo da ação e calculando-se da seguinte forma:
  • O dia anterior é dia D - 1, a hora anterior é hora H - 1. O segundo dia de operação é Dia D + 1. E assim por diante.
O Dia D (Operação Overlord) mais famoso da história militar foi 6 de junho de 1944 - o dia em que a Batalha da Normandia começou - iniciando a libertação do continente Europeu da ocupação Nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Foi a nona operação da Segunda Guerra Mundial com maior número de baixas (Barbarossa - 1.582.000; Stalingrado - 973.000; Cerco de Leningrado - 900.000; Kiev - 657.000; Operação Bagration 1944 - 450.000; Kursk - 325.000; Berlim - 250.000; Campanha Francesa de 1940 - 185.000; Operação Overlord ou DIa D- 132.000).





Devido a isto, as estratégias de certas operações militares posteriores tentaram evitar utilizar o termo. Por exemplo, a invasão de Leyete pelo Gen. MacArthur começava no "A-day" (dia A), e a invasão de Okinawa no "L-Day" (dia L). 1 de novembro, 1945, a data proposta para a invasão do Japão, deveria ser "X-Day" (dia X). Uma segunda vaga de desembarques em Tóquio seria "Y-Day" (dia Y), a 1 de março,1945.
Senhas especiais foram divulgadas pelas rádios na véspera da investida. Tratava-se dos quatro acordes iniciais da Quinta de Beethoven, das palavras “Mickey Mouse” e o verso “Les sanglots longs des violons de l’automne blessent mon coeur d’une langueur monotone”, de Charles Baudelaire.


quinta-feira, 22 de abril de 2010

164 - Primeiro de Maio



O Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889, por um Congresso Socialista realizado em Paris. A data foi escolhida em homenagem à greve geral, que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época.
Milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Naquele dia, manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentaram a cidade. Mas a repressão ao movimento foi dura: houve prisões, feridos e até mesmo mortos nos confrontos entre os operários e a polícia.

Em memória dos mártires de Chicago, das reivindicações operárias que nesta cidade se desenvolveram em 1886 e por tudo o que esse dia significou na luta dos trabalhadores pelos seus direitos, servindo de exemplo para o mundo todo, o dia 1º de maio foi instituído como o Dia Mundial do Trabalho. 
Fonte: IBGE / Ministério do Trabalho

163 - Tiradentes (a outra face)



Quando você ouve falar em Tiradentes, que imagem vem a sua mente? Provavelmente a de um sujeito com barba e cabelos longos e rosto sereno. Trocando a corda pela cruz, é o próprio Jesus. A imagem de mártir está tão colada ao mito de Tiradentes que é difícil imaginar um sem o outro. Só que nem sempre foi assim. A figura de santo surgiu um século após a morte do inconfidente. E pode ter pouco a ver com ele.
No episódio conhecido como Inconfidência Mineira, os rebeldes que conspiravam contra a Coroa portuguesa foram delatados, presos e julgados, em 1792. A maioria, formada por homens bem-nascidos, foi extraditada para outras colônias portuguesas. Apenas um, o alferes Joaquim José da Silva Xavier, de origem humilde, foi enforcado e esquartejado. Por quase um século, mal se falou na Inconfidência e em Tiradentes. Ambos eram considerados apenas maus exemplos punidos com rigor.
No fim do século 19, com o país já independente, a situação começou a mudar. Intelectuais queriam instaurar uma república. E começaram a buscar na história brasileira alguém que pudesse representar os novos ideais.
Começou, assim, o culto a Tiradentes. Logo que a República foi proclamada, decretou-se o primeiro feriado: o Dia de Tiradentes, em 21 de abril, data da morte dele. Nesse dia, o Apostolado Positivista, associação brasileira dos afiliados ao positivismo, a corrente filosófica criada pelo francês Augusto Comte, distribuiu folhetos com a imagem do mártir desenhada por Décio Villares (artista responsável pelo desenho da bandeira nacional). Os cabelos e barba longos, a expressão ausente, as roupas, tudo lembrava Cristo. Nascia a imagem conhecida até hoje de Tiradentes. “Ela é fundamental para o estabelecimento do mito”, diz a historiadora da arte Maria Alice Milliet, autora de Tiradentes:o corpo do herói. Depois dessa, vieram muitas.
Ninguém sabe ao certo qual a aparência correta de Tiradentes. Como há poucos dados históricos, o terreno para a especulação é grande. Mas por que não retratar outros aspectos do herói, como o lado militar? Para Maria Alice, vestiram-no de santo por algumas razões. Em primeiro lugar, havia a tradição profundamente religiosa da sociedade brasileira. Em segundo, a influência do positivismo entre os republicanos, doutrina que preferia transições lentas a rupturas bruscas. Aliás, como foram, sempre, as transições brasileiras: a Independência e a República foram proclamadas sem sangrentas batalhas. “Retratar o herói armado, exaltar o rebelde ou o militar iria contra essa índole pacífica.”
A imagem serviu bem ao propósito. Mesmo muito depois da proclamação da República, os artistas con­tinua ram preferindo o santo. O governo brasi leiro usou o mito para fortalecer a identidade nacional muitas vezes, de Juscelino Kubitschek e Getúlio Vargas a Itamar Franco – este, por exemplo, falava na TV com um busto do alferes ao fundo.

Outras faces


Muitos outros artistas pintaram Tiradentes, ajudando a formar e a popularizar a cara do mito
Prisão de Tiradentes

Pintado em 1914 por Antônio Parreiras, é o único quadro que mostra Tiradentes valente. Não à toa, foi encomendado pelo governo do Rio Grande do Sul, estado mais belicoso. Armado, enfrenta os policiais que querem prendê-lo.
Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o “Tiradentes”


De José Wasth Rodrigues (1940), retrata o herói antes da prisão, vestido com a roupa de militar, sem a barba e os cabelos compridos. Na criação do mito, o lado militar seria deixado de lado em favor do aspecto de mártir.
Tiradentes Esquartejado


Um dos quadros mais conhecidos do herói mineiro, feito em 1893 por Pedro Américo, mostra o tronco esquartejado, a cabeça e a perna esquerda. Apesar da crueza, ele ainda é tratado com certo distanciamento, como o corpo sem feridas.
Painel Tiradentes


No imenso painel que fez para retratar a Inconfidência, Candido Portinari, partidário do comunismo, retrata o mineiro em vários momentos, da juventude na cavalaria ao homem barbado e grisalho – parecido com o comunista Luís Carlos Prestes.

terça-feira, 20 de abril de 2010

162 - Elvis Presley

161 - Hair Spray



Sinopse: O ano é 1962. O sonho de todo adolescente da época é aparecer no 'The Corny Collins Show', o programa de dança mais famoso da TV. A jovem Tracy Turnblad, uma grande garota com um grande cabelo e um coração maior ainda, tem só uma paixão na vida: dançar. Mesmo sendo um tanto gordinha para os padrões locais, ela impressiona os juízes com seu estilo e ganha um espaço na atração. Logo a garota se torna um sucesso, ameaçando a hegemonia de Amber von Tussle. Baseado no famoso musical da Broadway.

160 - Cats (Memory)



Sinopse: Numa noite especial do ano, todos os gatos Jellicle se encontram no Jellicle Ball. Lá, o líder sábio e benevolente, Old Deuteronomy, anuncia qual deles irá para um lugar chamado Heaviside Layer, onde renascerá uma nova vida Jellicle.



Cats é um musical composto por Andrew Lloyd Webber que teve sua estréia em Londres em 1981, mas que se consagrou por mais de vinte anos em cartaz na Broadway. Para realizar esse espetáculo, Llyod Weber musicou uma série de poemas de T. S. Eliot sobre gatos e acrescentou um roteiro, onde Memory foi uma das suas músicas de maior sucesso.
No musical, os gatos jellicle, palavra que só eles sabem o seu significado, se reúnem uma vez ao ano para que seu líder escolha um e apenas um deles para ir a um lugar melhor. Entre os personagens mais marcantes estão Munkustrap, o narrador da história, e Grizabela, the glamour cat.
Essa obra é tida como uma das maiores produções da Broadway, e já foi vista por mais de 50 milhões de apreciadores, num total de 45 mil apresentações.
O musical teve sua estreia no Brasil (São Paulo) no período 09-27.08.2006. e no Rio de Janeiro de 30.08 a 03.09.2006, e em Portugal em 2004, regressando em 2006.
Em 1998, o musical foi gravado em DVD, no Adelphi Theater de Londres, contando com a participação de artistas tais como: Elaine Paige, John Mills, Ken Page, Rosemarie Ford , Michael Gruber, John Partridge, Aeva May, Geoffrey Garratt, James Barron, Jo Gibb, entre outros.
O musical teve sua estréia no Brasil no dia 4 de março de 2010, no Teatro Abril, em São Paulo, contando no elenco com os atores e cantoresSaulo VasconcelosSara Sarres e Paula Lima como Grizabella. A adaptação das letras ficou por conta de Toquinho.

159 - Across the universe (Let it be)





SINOPSE: ACROSS THE UNIVERSE - Ao mesmo tempo ousado, divertido e incrivelmente dramático, Across the Universe, da Revolution Studios, é um filme musical inovador, surgido da imaginação da renomada escritora e diretora Julie Taymor (Frida, Titus, e o grande sucesso musical da Broadway “O Rei Leão”) e dos roteiristas Dick Clement & Ian La Frenais (The Commitments – Loucos pela Fama), que reúne uma história original e 33 canções revolucionárias – incluindo “Hey Jude”, “I Am the Walrus” e “All You Need is Love” – que definiram toda uma geração. Taymor afirma: “A idéia era criar um musical original utilizando somente músicas dos Beatles”.

Uma história de amor num cenário ambientado na década de 60 em meio aos anos turbulentos de protesto contra a guerra, exploração da mente e rock 'n roll, o filme vai das docas de Liverpool ao universo criativo e psicodélico de Greenwich Village, das ruas tomadas pelos protestos em Detroit aos campos de morte do Vietnã. Os artistas namorados Jude (Jim Sturgess) e Lucy (Evan Rachel Wood), na companhia de um pequeno grupo de amigos e músicos, são atraídos pelos movimentos contrários à guerra e da contracultura que surgiam, com o “Dr. Robert” (Bono) e “Mr. Kite” (Eddie Izzard) como seus guias. Forças turbulentas fora do controle deles acabam separando os dois jovens, obrigando Jude e Lucy – contra todas as adversidades – a encontrarem um jeito de voltar um para o outro.

158 - Rent (eu recomendo)

Este também é um dos meus favoritos.



Sinopse

O filme mostra um ano na vida de amigos que vivem na boêmia e moderna East Village, bairro de Nova York. Entre eles está o cineasta nerd Mark (Anthony Rapp), que ama Maureen (Idina Menzel), professora publica que tem atração por Joanne (Tracie Thoms). O companheiro de quarto de Mark é Roger (Adam Pascal), um viciado em drogas e vítima do vírus HIV. Já ele ama Mimi (Rosario Dawson), dançarina sadomasoquista que tem as mesmas características. Mimi mora com Tom Collins (Jesse L. Martin), gênio da computação que gosta da dançarina de rua drag queen Angel (Wilson Jermaine Heredia).

157 - O fantasma da ópera




Sinopse: A voz dele chama o nome dela, alimentando o seu talento extraordinário pelas sombras do teatro que a ingênua garota do coro, Christine Daae, fez de lar. Somente a mestra de balé Madame Giry sabe que o misterioso “Anjo da Música” de Christine é, na verdade, o Fantasma, um gênio musical desfigurado que assombra as catacumbas do teatro aterrorizando todos os artistas que vivem e trabalham ali.
Quando a diva temperamental La Carlotta abandona o ensaio da mais recente produção da companhia, os novos gerentes do teatro não têm outra escolha, se não colocar Christine sob a luz dos holofotes. Sua noite de Estreia encanta o público e também o Fantasma, que se empenha em transformar a sua protégé na próxima estrela da ópera. Mas ele não é o único homem poderoso a ficar impressionado pela jovem soprano. Christine logo se vê cortejada pelo rico patrono do teatro, o Visconde Raoul de Chagny. Apesar de sentir-se enfeitiçada por seu carismático mentor, Christine fica inegavelmente atraída pelo elegante Raoul, provocando a ira do Fantasma e preparando o palco para um crescente dramático onde paixões arrojadas, ciúme violento e amor obsessivo ameaçam deixar os predestinados amantes — como diz a música — “num ponto sem volta”.

156 - Con te partiro (Andrea Bocelli)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

155 - As mil e uma noites


Num distante País vivia um homem bonito e honrado, esse rei, de nome Shariar, já havia sido muito feliz, sem saber que sua esposa guardava um terrível segredo: apesar de fingir que o amava, ela na verdade estava apaixonada pelo servo mais indigno da corte. Um dia Shariar casualmente a surpreendeu num canto escuro do palácio nos braços do amante. Transtornado pela dor e pelo espanto, o soberano soltou um grito medonho e sacou da espada para cortar a cabeça da mulher infiel e do servo desleal. Pouco tempo mais tarde um cavalo parou na frente do palácio, e o irmão do rei, Shazaman, entrou para visita-lo. “Mas é inacreditável!” Shazaman exclamou. “ Pois pouco antes de partir a mesma coisa aconteceu comigo! Encontrei minha esposa beijando um de meus servos e, como você, também puxei a espada e cortei a cabeça dos pérfidos.” Dias depois Shazaman voltou para seu reino, e Shariar ficou postado junto à fonte, contemplando as águas límpidas com um olhar pensativo. Por fim fez um juramento terrível: “Amanhã à noite vou me casar de novo, mas não permitirei que minha mulher desfrute os privilégios de rainha. Pois, quando o dia clarear, mandarei executa-la. Na noite seguinte tomarei outra esposa e ao amanhecer ordenarei que a eliminem. E assim hei de fazer sucessivamente até que não sobre neste reino uma única representante do gênero feminino”. Dito e feito. Toda a noite ele escolhia uma nova esposa e toda manhã mandava a infeliz para a morte. Seus súditos viviam apavorados, temendo perder filhas, irmãs, netas. Muitos fugiram para outros reinos, e por fim restou nos domínios de Shariar uma só noiva disponível. Tratava-se de Sherazade, jovem de alta estirpe, filha do primeiro-ministro do soberano. O pobre homem se encheu de pavor e tristeza ao saber que ela estava condenada à morte. Sherazade, no entanto, não se desesperou. Era mais sábia e esperta que todas as suas predecessoras, e junto com a irmã caçula elaborou um plano meticuloso. Terminada a breve cerimônia nupcial, o rei conduziu a esposa a seus aposentos, mas, antes de trancar a porta, ouviu uma ruidosa choradeira. “Oh, Majestade, deve ser minha irmãzinha, Duniazade”, explicou a noiva. “Ela está chorando porque quer que eu lhe conte uma história, como faço todas as noites. Já que amanhã estarei morta, peço-lhe, por favor, que a deixe entrar para que eu a entretenha pela última vez!” Sem esperar resposta, a jovem abriu a porta, levou a irmã para dentro, instalou-a no tapete e começou: “Era uma vez um mágico muito malvado...”. Furioso, Shariar se esforçou ao máximo para impedir a narrativa; resmungou, bufou, tossiu, porém as duas irmãs o ignoraram. Vendo que de nada adiantava sua estratégia, ele ficou quieto e se pôs a ouvir o relato de Sherazade, meio distraído no início, profundamente interessado após alguns instantes. A pequena Duniazade adormeceu, embalada pela voz suave da rainha. O soberano permaneceu atento, visualizando mentalmente as cenas de aventura e romance descritas pela esposa. De repente, no momento mais empolgante, Sherazade silenciou. “Continue!”, Shariar ordenou. “Mas o dia está amanhecendo, Majestade! Já ouço o carrasco afiar a espada!” “Ele que espere”, declarou o rei. Shariar se deitou e logo dormiu profundamente. Despertou ao anoitecer e ordenou à esposa que concluísse o relato, mas não se deu por satisfeito. “Conte-me outra!”, exclamou. Sherazade sorriu e recomeçou: “Era uma vez...”. Novamente o sol adiou a execução. Quando Sherazade terminou, ela a mandou contar mais uma história. E assim a jovem rainha: conseguia postergar a própria morte. De dia o rei dormia tranqüilamente, à noite, acordava sempre ansioso para ouvir o final da narrativa interrompida e acompanhar as peripécias de mais um herói ou heroína. Já não conseguia conceber a vida sem os contos de Sherazade, sem as palavras que lhe jorravam da boca como a música mais encantadora do mundo. Dessa forma se passaram dias, semanas, meses, anos. E coisas estranhas aconteceram. Sherazade engordou e de repente recuperou seu corpo esguio. Por duas vezes ela desapareceu durante várias noites e retornou sem dar explicação, e o rei tampouco lhe perguntou nada. Certa manhã ela terminou uma história ao surgir do sol e falou: “Agora não tenho mais nada para lhe contar. Você percebeu que estamos casados há exatamente mil e uma noites?” Um ruído lhe chamou a atenção e, após uma breve pausa, ela prosseguiu; “Estão batendo na porta! Deve ser o carrasco. Finalmente você pode me mandar para a morte!”. Quem entrou nos aposentos reais foi, porém, Duniazade, que ao longo daqueles anos se transformara numa linda jovem. Trazia dois gêmeos nos braços, e um bebê a acompanhava, engatinhando. “Meu amado esposo, antes de ordenar minha execução, você precisa conhecer meus filhos”, disse Sherazade. “Aliás, nossos filhos. Pois desde que nos casamos eu lhe dei três varões, mas você estava tão encantado com as minhas histórias que nem percebeu nada...” Só então Shariar constatou que sua amargura desaparecera. Olhando para as crianças, sentiu o amor lhe inundar o coração como um raio de luz. Contemplando a esposa, descobriu que jamais poderia matá-la, pois não conseguiria viver sem ela. Assim, escreveu a seu irmão e lhe propondo que se casasse com Duniazade. O casamento se realizou numa dupla cerimônia, pois Shariar esposou Sherazade pela segunda vez, e os dois reis reinaram felizes até o fim de seus dias.


154 - Curiosidades "Gatos"




A Idade Média, foi, de um modo geral, hostil aos gatos, que eram associados às feiticeiras e feitiçarias e, considerados criaturas diabólicas. Nesta época nasceu a maioria das superstições, das quais algumas chegaram até nossos dias. O que aconteceu com os gatos que, eram adorados no Antigo Egito, para passarem a ser execrados na Era Medieval ?
No Antigo Egito , em torno de 4 mil a. C., os egípcios domesticaram gatos, que, foram usados para o controle de pragas em seus estoques de grãos. Ficaram tão impressionados com as qualidades de caçador dos gatos que, passaram a considerá-los sagrados. A deusa Bastet , deusa da fertilidade e felicidade, era representada como uma mulher com cabeça de gato. Do Egito, os gatos foram levados para a Itália: na Roma Antiga, já eram considerados símbolos da liberdade e, qualquer representação da deusa da Liberdade apresentava um gato repousando a seus pés. Da Itália espalharam-se pelo restante da Europa .
A ligação dos gatos com os cultos pagãos, desencadeou uma campanha da Igreja Católica contra eles. Nos mitos escandinavos, que originaram muitas das crenças pagãs, a carruagem de Freyja , deusa do amor e da cura, era puxada por gatos. A deusa guardava em seu jardim as maçãs com as quais se alimentavam os deuses no Valhalla, e sua iconografia é representada por gatos puxando sua carruagem, acabando por haver a associação entre o animal e a própria divindade. O culto a Freyja foi considerado heresia e os membros desta seita severamente punidos com tortura e morte. Como os gatos faziam parte do culto, foram acusados de serem demoníacos, principalmente os pretos.
Na Europa o dia de Todos os Santos, data importantíssima para a Velha Religião (pagã), era comemorado, pelos cristãos, jogando-se na fogueira, sacos cheios de gatos vivos. Os supersticiosos acreditavam que as bruxas podiam transformar-se em gatos que, eram então queimados vivos pelos cristãos que os consideravam agentes do mal. Se alguém fosse visto alimentado ou ajudando um gato, era denunciado como bruxa e era torturado e morto. As pessoas acusadas de bruxaria e seus gatos, eram responsabilizados por qualquer catástrofe que acontecesse: tempestades, falta de chuvas, má colheita, doenças, mortes súbitas, etc.. A partir disso, o gato converteu-se em bode expiatório para as tentativas de "purificação" da Igreja Católica, ou seja, a eliminação de todo e qualquer vestígio do paganismo (ou Velha Religião). Essa perseguição gerou várias superstições, como a de que cruzar com um gato preto "dá azar", que o gato é o olho do diabo, etc..
Essa prática de queimar gatos, acabou por estender-se a qualquer tipo de comemoração, o que quase dizimou a população felina e, consequentemente, favoreceu a multiplicação de ratos, praga que portava um mal infinitamente superior aos "demoníacos" gatos: a peste bubônica ou peste negra. A peste disseminou-se por toda a Europa. A peste bubônica , em meados do século XIV, devastou a população européia. Historiadores calculam que aproximadamente um terço dos habitantes morreram desta doença. A Peste Negra era transmitida através da picada de pulgas de ratos doentes. Estes ratos chegavam à Europa nos porões dos navios vindos do Oriente. E, não havia mais gatos, predadores naturais dos ratos. Além disso, as cidades medievais não tinham condições higiênicas adequadas e, os ratos espalharam-se facilmente. Após o contato com a doença, a pessoa tinha poucos dias de vida. Febre, mal-estar e bulbos (bolhas) de sangue e pus espalhavam-se pelo corpo do doente, principalmente nas axilas e virilhas. Como os conhecimentos médicos eram pouco desenvolvidos, a morte era certa.
No ano de 1400 os gatos estavam a ponto de desaparecer da Europa. Recobram-se a partir do século XVII, principalmente por sua habilidade em caçar os ratos, causadores de perdas significativas nas lavouras e propagadores de doenças temíveis para o homem, sendo aceitos, novamente, nas casas e nos navios, para acabarem com os roedores.
A partir do século XIX, o gato voltou a ser exaltado - até por escritores como Victor Hugo e Baudelaire.
Atualmente, os gatos são considerados pets ideais, tanto para apartamentos como casas; não são ruidosos, não precisam ser levados para passear, comem pouco, são extremamente limpos, agradáveis e afáveis, sendo muito companheiros e fiéis a seus donos.