quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Aquarela do Brasil (Ari Barroso - 1939)

Brasil, meu Brasil brasileiro

Meu mulato inzoneiro

Vou cantar-te nos meus versos

O Brasil, samba que dá

Bamboleio que faz gingá

O Brasil do meu amor

Terra de Nosso Senhor

Brasil! Brasil!

Prá mim... prá mim...



Ô, abre a cortina do passado

Tira a mãe preta do serrado

Bota o rei congo no congado

Brasil! Brasil!

Deixa cantar de novo o trovador

A merencória luz da lua

Toda a canção do meu amor

Quero ver a “sá dona” caminhando

Pelos salões arrastando

O seu vestido rendado

Brasil! Brasil!

Prá mim... prá mim...



Brasil, terra boa e gostosa

Da morena sestrosa

De olhar indiscreto

O Brasil, verde que dá

Para o mundo se admirá

O Brasil do meu amor

Terra de Nosso Senhor

Brasil! Brasil!

Prá mim... prá mim...



Ô, esse coqueiro que dá côco

Ôi onde amarro a minha rêde

Nas noites claras de luar

Brasil! Brasil!

Ô, ôi essas fontes murmurantes

Ôi onde eu mato a minha sede

E onde a lua vem brincá

Ôi, esse Brasil lindo e trigueiro

É o meu Brasil brasileiro

Terra de samba e pandeiro

Brasil! Brasil!

Prá mim... prá mim...

Morro Velho - Milton Nascimento

No sertão da minha terra, fazenda é o camarada que ao chão se deu


Fez a obrigação com força, parece até que tudo aquilo ali é seu

Só poder sentar no morro e ver tudo verdinho, lindo a crescer

Orgulhoso camarada, de viola em vez de enxada

Filho do branco e do preto, correndo pela estrada atrás de passarinho

Pela plantação adentro, crescendo os dois meninos, sempre pequeninos

Peixe bom dá no riacho de água tão limpinha, dá pro fundo ver

Orgulhoso camarada, conta histórias prá moçada

Filho do senhor vai embora, tempo de estudos na cidade grande

Parte, tem os olhos tristes, deixando o companheiro na estação distante

Não esqueça, amigo, eu vou voltar, some longe o trenzinho ao deus-dará

Quando volta já é outro, trouxe até sinhá mocinha prá apresentar

Linda como a luz da lua que em lugar nenhum rebrilha como lá

Já tem nome de doutor, e agora na fazenda é quem vai mandar

E seu velho camarada, já não brinca, mas trabalha.



Responda:

1) A que classe social pertence cada um dos meninos de que fala a letra da música?

2) Porque os dois meninos brincavam juntos?

3) Quando os dois meninos se separaram?

4) Como volta o menino branco?

5) O que acontece com o menino negro?

6) Qual a conclusão da letra da música?

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

233 - Tenochtitlán, a capital asteca


A maior cidade do mundo do século 16 não era Veneza nem Paris, mas Tenochtitlán, no atual México. A capital do império asteca, fundada em 1325, era habitada por 300 mil habitantes em 1519, quando os espanhóis chegaram. Grande parte do que se sabe sobre ela – desde a majestosa arquitetura até o avançado sistema de agricultura – veio das cartas dos conquistadores espanhóis, liderados por Hernán Cortez. Bernál Diaz de Castillo, um dos soldados de Cortez, conta que as localidades próximas se ligavam a ela por estradas retilíneas, e tudo era abastecido por um sistema de água potável que vinha de aquedutos nas montanhas. Tudo isso, além dos templos aos 18 deuses astecas, havia sido reconstruído por volta de 1500, quando Tenochtitlán foi devastada por uma inundação. Ou seja: quando chegaram os espanhóis, encontraram uma cidade novinha em folha.



Cidade eterna



Depois dos espanhóis,a capital asteca virou ruínas em três anos


Era Sexta-Feira Santa de 1519 quando o espanhol Hernán Cortez chegou com mais 600 homens na costa do México. Montezuma II os recebeu e os hospedou em seu palácio. Um ano depois, o rei foi morto por aqueles que acolheu. O conhecimento asteca não foi páreo para o aço, a pólvora e a ganância dos espanhóis que, em menos de três anos, transformaram Tenochtitlán em ruínas, construindo sobre ela a atual Cidade do México. Mas muitos dos descendentes dos astecas, os nahua, vivem hoje em casas como as dos ancestrais. A cozinha tradicional foi preservada, assim como o artesanato e a língua nahuatl – falada por mais de 1 milhão de pessoas.


1. Mãe terra
Os astecas mantêm hortas em casa – os nobres cultivam flores e cacau – e, em larga escala, plantam em terras coletivas, nos vales ou em canteiros nas montanhas, onde matéria orgânica do fundo do Lago Tezcoco é usada como adubo


2. Esporte é sagrado
Tudo o que os astecas fazem tem um fundo religioso, incluindo os esportes. O jogo mais popular é o tlachtli, no qual os atletas têm de fazer uma bola de borracha passar por um aro num dos lados do campo. Quem perde pode ir para o sacrifício, literalmente


3. Professores
Os sacerdotes lecionam nos calmecac, as escolas astecas de história, religião, artes de guerra, matemática, medicina, astrologia e direito. São ainda os escribas e astrônomos. Mas sua prinscipal atividade é, claro, religiosa: eles fiscalizam se as cerimônias são feitas como os deuses mandam, interpretam os sinais da natureza e comandam os rituais de sacrifício


4. Pais e filhos
Os homens passam o dia fora e as mulheres cuidam das casas, costuram e educam os filhos. Varrer é uma obrigação religiosa, pois ajuda os deuses a purificar o mundo. As meninas aprendem isso aos 13 anos. Já os meninos ajudam o pai a pescar. Quem não se comporta é castigado: crianças desobedientes podem ser flechadas e até atiradas ao fogo


5. Classes sociais
Chamados de tlacotin, o trabalho escravo é um forma de pagar impostos. Ser escravo é também a punição para criminosos. Acima dos escravos vêm os camponeses, ou macehualltin, as famílias pobres que produzem comida para os nobres (os pipiltin) e constroem templos e estradas. Os comerciantes (pochteca) formam uma camada à parte: têm seu próprio deus


6. Dinheiro e chocolate
Os astecas adoram fazer compras. Todos os dias, cerca de 60 mil pessoas vão ao mercado de Tlatelolco. Nele, legumes, carnes, ouro e escravos estão à venda. O dinheiro usado é o grão de cacau, tão valioso que circulam “moedas” falsas, feitas de farinha. Apenas os nobres bebem uma infusão de grão de cacau com mel, chamada chocolate


7. Montezuma é deus
O líder asteca é Montezuma II, o tlatoani, uma espécie de deus na Terra. Ele passa a maior parte do tempo na piscina do castelo. Quando é visitado por nobres, exige que tirem suas roupas finas e seus sapatos e usem mantas baratas. Além disso, proíbe que o olhem nos olhos e que lhe dêem as costas. Para sair de sua presença, só andando de marcha à ré


8. Objetos de desejo
Ouro e prata não são usados como moeda, mas como objetos de devoção – estão em todas as imagens de deuses da cidade. Também compõem as jóias usadas pelos nobres nos lábios, no nariz e nas orelhas. Esses enfeites têm pedras preciosas e penas – estas têm tanta importância nas roupas que a indústria de penas é uma das maiores da cidade


9. Carga pesada
Não existem animais de carga, por isso, de grãos a pessoas, tudo é carregado nos ombros. Nobres e comerciantes ricos andam de liteira e os pacotes comuns são atados à cabeça. Para viagens, no entanto, são precisos passes especiais. Os únicos autorizados a cruzar as fronteiras são os comerciantes – que portam armas e, às vezes, acabam em guerra com outros países

Fonte: Aventuras na História

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

232 - Culturas possuem diferentes regras de etiqueta

Regras de etiqueta variam de acordo com a cultura dos povos. Na China, não arrotar na mesa, logo após a comida, significa que não se apreciou a refeição. No Brasil, manda a cortesia que se abra a porta para o visitante sair. Na Europa Oriental, seria descortesia. Teria o significado de "ponha-se na rua".



231 - Sapatos feitos de pele de animais deram nome a região da Argentina

A região da Patagonia situada no extremo sul da Argentina foi batizada em 1520, pelo explorador português Fernão de Magalhães, devido a uma característica especial do povo que a habitava. Eram indígenas muito altos que enrolavam os pés em peles de animais selvagens, para protegê-los nas caminhadas. Como esses “sapatos” primitivos deixavam grande pegadas, Fernão de Magalhães apelidou aquelas pessoas de “patagones”, palavra espanhola que significa “pés grandes”.



230 - O amor ao redor do mundo

Costumes variam muito entre as várias culturas, mesmo quando se trata de demonstrações de afeto. Por isso é necessário conhecer os hábitos em outros países para evitar gafes internacionais. Os japoneses, por exemplo, não beijam em público; e os esquimós substituem o beijo esfregando os narizes. Já em certos países da Europa, o beliscão no traseiro das mulheres é considerado galanteio. O tenor italiano Enrico Caruso, que não sabia que esse não é um hábito universal, foi preso em 1906, nos Estados Unidos ao tentar agradar uma moça.



229 - Existem tempestades de rãs e sapos?

Apesar de ser um fenômeno muito raro a "chuva" de rãs, sapos e outros pequenos animais como peixes e lagartixas já foi registrada em vários lugares do mundo. Mas não comece a pensar em pragas bíblicas porque a queda do céu destes bichinhos desafortunados pode ser facilmente explicada cientificamente. 

A causa na verdade é bem singela. As fortes correntes ascendentes de ar que encontramos nos tornados ou nas tempestades de alta intensidade podem absorver ou empurrar para cima qualquer objeto ou animal que não tenha sido suficientemente precavido para procurar um refúgio. Por isto ninguém ouve falar em chuva de toupeiras ou coelhos, que procuram abrigo rapidamente em caso de tempestade. 

Uma vez empurrados para o núcleo da tempestade ou tornado, as correntes ascendentes os mantêm dentro das nuvens, sendo fustigados por fortes correntes de ar até que a tempestade perca intensidade. Aí então, tudo o que tinha sido absorvido pela tempestade cede ante a lei da gravidade e cai, criando uma verdadeira "chuva". 

Quando estudamos as correntes de ar que se encontram dentro das tempestades vemos que não é tão estranho que isto aconteça, já que os ventos ascendentes podem chegar a 200 km/h, capazes de lançar para o alto qualquer objeto que tenha sido absorvido. Este fenômeno já matou vários praticantes de asa-delta que, por um excesso de confiança, voaram perto demais de um tornado e acabaram sendo empurrados até seu "cume", a mais de 11 mil metros de altura.

A esta altura as temperaturas são tão baixas que qualquer ser vivo morre congelado. Alguns pilotos chegaram mesmo a tentar desprender-se da asa-delta para lançar-se em queda livre, mas os ventos eram tão intensos que eles foram empurrados para cima da mesma forma.

228 - Nariz e orelhas nunca param de crescer

O tecido cartilaginoso, que forma o nariz e as orelhas, não deixa de crescer nem mesmo quando o indivíduo torna-se adulto. Daí porque o nariz e as orelhas de um idoso são maiores do que quando era jovem. A face também encolhe porque os músculos da mastigação se atrofiam com a perda dos dentes.



227 - Barbie

A boneca mais famosa do mundo foi inspirada e ganhou o nome de Barbie Handler, filha da americana Ruth Handler, fabricante de brinquedos.
Ela achava as caras das bonecas da época infantis demais e desenhou a Barbie com um ar mais adulto.



segunda-feira, 12 de julho de 2010

225 - Onde está o rato?

224 - Uma vez mais (de novo)

223 - Sonho de Ícaro (Biafra)



Adoro esta música !!!!!!!!!!

222 - Rock Brasil anos 80




Alguns sucessos da década de ouro do rock brasileiro.

221 -I Want to know what love is - Foreigner

 

I Want To Know What Love Is

I gotta take a little time,
A little time to think things over
I better read between the lines,
In case I need it when I'm older
Aaaah woah-ah-aah

Now this mountain I must climb,
Feels like the world upon my shoulders
Through the clouds I see love shine,
It keeps me warm as life grows colder

In my life
There's been heartache and pain
I don't know
If I can face it again
Can't stop now,
I've travelled so far,
To change this lonely life

I wanna know what love is,
I want you to show me
I wanna feel what love is,
I know you can show me
Aaaah woah-oh-ooh

I'm gonna take a little time,
A little time to look around me
I've got nowhere left to hide,
It looks like love
Has finally found me

In my life
There's been heartache and pain
I don't know
If I can face it again
Can't stop now,
I've travelled so far,
To change this lonely life

I wanna to know what love is,
I want you to show me
I wanna feel what love is,
I know you can show me
I wanna know what love is,
I want you to show me
(And I wanna feel)
I wanna feel what love is
(And I know)
I know you can show me

Let's talk about love
(I wanna know what love is) the love that you feel inside
(I want you to show me) I'm feeling so much love
(I wanna feel what love is) no, you just cannot hide
(I know you can show me) yeah, woah-oh-ooh
I wanna know what love is, let's talk about love
(I want you to show me) I wanna feel it too
(I wanna feel what love is) I wanna feel it too
And I know, and I know, I know you can show me

Show me what is real, woah (woah), yeah I know
(I wanna know what love is) hey I wanna know what love
(I want you to show me), I wanna know, I wanna know, want know
(I wanna feel what love is), hey I wanna feel, love
I know you can show me, yeah

Eu Quero Saber o Que é o Amor

Eu preciso achar um tempo
Um tempo para pensar sobre as coisas
É melhor eu ler nas entrelinhas
Caso eu precise quando estiver mais velho
Aaaah woah-ah-aah


Eu preciso escalar esta montanha
Parece que o mundo está sobre os meus ombros
Através das nuvens eu vejo o amor brilhar
Ele me mantém aquecido enquanto a vida vai ficando mais fria


Na minha vida
Tem havido sofrimento e dor
E eu não sei,
Se eu posso encarar isso de novo
Não posso parar agora
Eu já fui longe demais
Para mudar esta vida solitária


Eu quero saber o que é o amor
Eu quero que você me mostre
Eu quero sentir o que é o amor
E eu sei que você pode me mostrar
Aaaah woah-oh-ooh


Eu vou achar um tempo
Um tempo para olhar à minha volta
Não tenho nenhum lugar para me esconder
Parece que o amor
Finalmente me encontrou


Na minha vida
Tem havido sofrimento e dor
E eu não sei
Se eu posso encarar isso de novo
Eu não posso parar agora
Eu já fui longe demais
Para mudar esta minha vida solitária


Eu quero saber o que é o amor
Eu quero que você me mostre
Eu quero sentir o que é o amor
E eu sei que você pode me mostrar
Eu quero saber o que é o amor
Eu quero que você me mostre
(E eu quero sentir)
Eu quero sentir o que é amor
(E eu sei)
Eu sei que você pode me mostrar


Vamos falar de amor
(Eu Quero Saber o que é amor) o amor que você sente por dentro
(Eu quero que você me mostre) Eu estou sentindo tanto amor
(Eu quero sentir o que é amor) não, você não pode esconder
(Eu sei que você pode me mostrar) yeah, woah-oh-ooh
Eu quero saber o que é o amor, vamos falar sobre amor
(Eu quero que você me mostre) Eu quero sentir isso também
(Eu quero sentir o que é amor) Eu quero sentir isso também
E eu sei, eu sei, eu sei que você pode me mostrar


Mostre-me o que é real, (woah woah), sim eu sei
(Eu quero saber o que é o amor) hey eu quero saber o que o amor
(Eu quero que você me mostre), eu quero saber, eu quero saber, quero saber
(Eu quero sentir o que é amor), hey eu quero sentir, amor
Eu sei que você pode me mostrar, yeah

220 - Recordar (Anos 80)


Você os reconhece? 

219 - Apartheid

Apartheid (significa "vidas separadas" em africano) era um regime segregacionista que negava aos negros da África do Sul os direitos sociais, econômicos e políticos. 

Embora a segregação existisse na África do Sul desde o século 17, quando a região foi colonizada por ingleses e holandeses, o termo passou a ser usado legalmente em 1948.
No regime do apartheid o governo era controlado pelos brancos de origem européia (holandeses e ingleses), que criavam leis e governavam apenas para os interesses dos brancos. Aos negros eram impostas várias leis, regras e sistemas de controles sociais. 

Entre as principais leis do apartheid, podemos citar:

  • Proibição de casamentos entre brancos e negros - 1949.
  • Obrigação de declaração de registro de cor para todos sul-afriacanos (branco, negro ou mestiço) - 1950.
  • Proibição de circulação de negros em determinadas áreas das cidades - 1950
  • Determinação e criação dos bantustões (bairros só para negros) - 1951
  • Proibição de negros no uso de determinadas instalações públicas (bebedouros, banheiros públicos) - 1953
  • Criação de um sistema diferenciado de educação para as crianças dos bantustões - 1953
Este sistema vigorou até o ano de 1990, quando o presidente sul-africano tomou várias medidas e colocou fim ao apartheid.  Entre estas medidas estava a libertação de Nelson Mandela, preso desde 1964 por lutar com o regime de segregação. Em 1994, Mandela assumiu a presidência da África do Sul, tornando-se o primeiro presidente negro do país.  


218 - ESPANHA CAMPEÃ DA COPA DE 2010 (Parabéns)

domingo, 20 de junho de 2010

214 - Jardim Botânico de São Paulo

No final do século passado, a área do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga era uma vasta região com mata nativa, ocupada por sitiantes e chacareiros. Por ordem do governo as desapropriações na área vinham ocorrendo desde 1893 visando a recuperação da floresta, a utilização dos recursos hídricos e a preservação das nascentes do Riacho do Ipiranga.
Em 1917 a região tornou-se propriedade do Governo, passando a denominar-se Parque do Estado.Até 1928 serviu para captação de águas, que abastecia o bairro do Ipiranga.Neste mesmo ano o naturalista Frederico Carlos Hoehne foi convidado para implantar um Horto Botânico na região.
O Jardim Botânico de São Paulo foi oficializado em 1938 com a criação do Departamento de Botânica, na época órgão da Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio de São Paulo. Em 1969 o Parque do Estado, onde o Instituto de Botânica está localizado, passou a denominar-se Parque Estadual das Fontes do Ipiranga



213 - Primeira Faculdade do Brasil

Faculdade de Medicina da UFBA foi fundada pela corte portuguesa. O primeiro curso de Medicina no Brasil foi criado em Salvador, no dia 18 de fevereiro de 1808, sob a denominação de Colégio de Cirurgia. Funcionou inicialmente no Hospital Real Militar, com apenas 2
professores: José Soares de Castro e Manoel José Estrela, os quais não 
recebiam qualquer remuneração pelo ofício.








212 - JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO


Um verdadeiro santuário ecológico. Assim pode ser definido o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, um dos dez mais importantes do gênero no mundo, que além de abrigar as mais raras espécies de plantas da flora brasileira e de outros países, é uma ótima opção de lazer para crianças e adultos e um deleite para aqueles que querem contemplar a natureza.
Um passeio pelas alamedas do parque, onde animais silvestres fazem parte do cenário ao som da melodia do canto de curiós e sabiás que habitam o lugar, deixam o público fascinado. A exuberância da natureza toma conta do visitante que, deslumbrado pelo colorido e a variedade da flora, captura imagens de todos os cantos, imagens que ficarão registradas na memória e na alma. Entre os cerca de 8200 exemplares da coleção viva do jardim, as atrações ficam por conta de palmeiras imperiais e espécies em extinção, como o pau-brasil, o aracá amarelo e o pau mulato, os canteiros medicinais e os jardins japonenes, sensorial e rotário. O orquidário, é um espetáculo à parte. Seus três mil exemplares de 600 espécies diferentes deixam qualquer um sensibilizado pela sua rara beleza. Desde 1996, o joalheiro Antônio Bernardo adotou a coleção, assumindo a responsabilidade pela recuperação e manutenção das plantas. Outras atrações são o bromeliário, com cerca de 1700 bromélias de diversas formações, o violetário, a estufa das plantas insetíforas - que capturam e digerem insetos, a coleção dos cactos, considerada uma das maiores do Brasil e a coleção de plantas medicinais. Uma parada obrigatória é a visitação aos seis lagos do Jardim, que abrigam belíssimas espécies de vitórias régia, lótus, papirus e água-pé. Entre eles, o Lago do Frei Leandro, que ganhou um projeto paisagístico e está totalmente recuperado.
Garças, bem-te-vis e borboletas que sobrevoam essa enorme área verde fazem a alegria das crianças. Em contato mais próximo com a terra, elas têm o privilégio de conhecer as mais diversas espécies de plantas e sentir seus diferentes aromas e texturas. As grandes folhas redondas e carnosas da vitória-régia chamam a atenção da garotada, que aprende a respeitar e amar a natureza desde cedo. Os pequeninos podem andar descalços e ainda brincar num parquinho ao ar livre, especialmente dedicado a eles, com banheiro infantil, areia limpinha e um quiosque com cardápio próprio para crianças. Enquanto a turminha se diverte na casinha de madeira, no escorrega, na gangorra e no balanço, os adultos podem degustar os quitutes que a lanchonete oferece e, depois, dar uma passadinha na livraria ou se deliciar com os brownies oferecidos pela cafeteria. Um programa imperdível com total conforto e segurança.
Em perfeita harmonia com o parque, um rico patrimônio histórico e cultural marca presença no Jardim. Edificações históricas e monumentos com obras que datam dos séculos XVI ao XIX contam um pouco da história da região. Lá se encontra a antiga Fábrica de Pólvora construída por D. João VI, a Casa dos Pilões, a Casa dos Cedros, o antigo portal da Academia de Belas Artes e o Solar da Imperatriz. Este último, em 2001, após ser restaurado, ganhou a Escola Nacional de Botânica Tropical - a primeira no gênero na América Latina.
Fundado em 13 de junho de 1808 por D. João VI, príncipe regente na época, o Jardim Botânico foi criado com o objetivo de aclimatar as especiarias vindas das Índias Orientais. As primeiras plantas que chegaram, vieram das ilhas Maurício, do jardim La Plampemousse, oferecidas a D.João, por Luiz de Abreu Vieira e Silva. Entre elas estava a Palma Mater, uma das palmeiras imperiais mais antigas do Jardim.
Ao longo de quase dois séculos de existência, já recebeu os nomes de Real Horto, Real Jardim Botânico, Jardim Botânico do Rio de Janeiro e, em 1996, virou Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), pela sua importância histórica, cultural, científica e paisagista, ele também foi reconhecido internacionalmente como um Museu Vivo na área da Botânica e definido pela Unesco como uma das reservas da biosfera. Nos seus 194 anos de vida é um exemplo de continuidade no que diz respeito à sua missão, como área voltada para a pesquisa botânica, e conservação das coleções.
Endereço: Rua Jardim Botânico, 920 (pedestres/pedestrians)e 1008 (veículos/cars)- Jardim Botânico/ Jardim Botanico District


211 - ABERTURA DOS PORTOS ÀS NAÇÕES AMIGAS - 1808 (documento)

"Conde da Ponte, do meu Conselho, Governador e Capitão-General da Capitania da Bahia, Amigo.

Eu, o Príncipe-Regente, vos envio muito saudar, como àquele que amo. Atendendo à representação que fizestes subir à minha Real presença, sobre se achar interrompido e suspenso o comércio desta Capitania, com grave prejuízo de meus vassalos e da minha Real Fazenda, em razão das críticas e públicas circunstâncias da Europa; e querendo dar sobre este importante objeto alguma providência pronta e capaz de melhorar o progresso de tais danos: sou servido ordenar interina e provisoriamente, enquanto não consolido um sistema geral, que efetivamente regule semelhantes matérias, o seguinte: Primo: Que sejam admissivéis nas Alfândegas do Brasil todos e quaisquer gêneros, fazendas e mercadorias, transportadas ou em navios estrangeiros das potências que se conservam em paz e harmonia com a minha Real Coroa, ou em navios dos meus vassalos, pagando por entrada 24 por cento; a saber, 20 de direitos grosso, e 4 do donativo já estabelecido, regulando-se a cobrança destes direitos pelas pautas ou aforamentos, por que até o presente se regulam cada uma das ditas Alfândegas, ficando os vinhos, águas ardentes e azeites doces, que se denominam molhados, pagando o dobro dos direitos que até agora nela se satisfaziam. Secundo: Que não só os meus vassalos, mas também os sobreditos estrangeiros, possam exportar para os portos que bem lhe parecer, a benefício do comércio e agricultura, que tanto desejo promover, todos e quaisquer gêneros e produções coloniais, à exceção do pau-brasil ou outros notoriamente estancados, pagando por saída os mesmos direitos já estabelecidos nas respectivas Capitanias, ficando entretanto como em suspenso e sem vigor todas as leis, cartas-régias ou outras ordens, que até aqui proibiam neste Estado do Brasil o recíproco comércio e navegação entre os meus vassalos e estrangeiros. O que tudo assim fareis executar com o zelo e atividade que de vós espero.

"Escrita na Bahia, aos 28 de janeiro de 1808.

Príncipe"


210 - Os americanos e as armas

209 - Como fazer um fichamento

O fichamento é uma forma de investigação que se caracteriza pelo ato de fichar (registrar) todo o material necessário à compreensão de um texto ou tema. Para isso, é preciso usar fichas que facilitam a documentação e preparam a execução do trabalho. Não só, mas é também uma forma de estudar / assimilar criticamente os melhores texto / temas de sua formação acadêmico-profissional.

     Um fichamento completo deve apresentar os seguintes dados:

1.   Indicação bibliográfica – mostrando a fonte da leitura.
2.   Resumo – sintetizando o conteúdo da obra. Trabalho que se baseia no esquema (na introdução pode fazer uma pequena apresentação histórica ou ilustrativa).
3.   Citações – apresentando as transcrições significativas da obra.
4.   Comentários – expressando a compreensão crítica do texto, baseando-se ou não em outros autores e outras obras.
5.   Ideação – colocando em destaque as novas idéias que surgiram durante a leitura reflexiva.

208 - Como fazer uma resenha

A resenha é sempre bastante confundida com o bom e velho resumo, mas diferente dele, ela deve apresentar uma visão crítica do leitor. Ou seja, resume-se o trabalho preservando a ideia e as citações do autor mas coloca-se, na resenha, sua voz crítica e o seu entendimento de maneiras claras.
A resenha por si só é um trabalho que precisa ser claro, dinâmico e fidedigno com relação às informações. A resenha é um trabalho minucioso que requer atenção e cuidado para não ser um resumo.

Elabore sua resenha a partir dos seguintes passos:
1. Leitura da obra.
2. Elaboração de um resumo primário que contenha as ideias principais da obra ou texto cientifico.
3. Construção do texto final com sua visão crítica.
A resenha precisa ser pautada com três tópicos:
1. Cabeçalho (título do texto, autor, local e data).
2. A resenha (Introdução, desenvolvimento do texto, conclusão com visão crítica).
3. Bibliografia.

Feita dessa forma sua resenha poderá ser utilizada em momentos importantes como pautas de reuniões e discussões dinâmicas. Arquive suas resenhas preferencialmente em um computador já que são trabalhos mais extensos.

207 - Como fazer um resumo de texto ou uma obra

O resumo tem por objetivo apresentar ideias de maneira concisa e mais objetiva do que o texto ou obra originais.
Sua elaboração requer atenção e boa dose se percepção das mensagens importantes. O resumo deve recontar as opiniões e ideias do autor da obra resumida, sem a opinião ou visão crítica de quem o resume.

Existem dois tipos de resumo:
Indicativo (apenas indica principais tópicos de determinado texto ou obra)
Informativo (informa características de determinado texto ou obra)

Para que você faça um resumo com segurança, siga esses passos:
1. Leia atentamente o texto e assinale as ideias que você julga principais.
2. Releia o texto por parágrafos e assinale as palavras chaves dos
mesmos.
3. Resuma baseado nas palavras-chaves parágrafo por parágrafo.
4. Releia o texto, corrija as informações e gramática.
5. Faça o resumo de todos os parágrafos de maneira coesa e objetiva.
O resumo requer as suas palavras reproduzindo exatamente a opinião e visão de seu autor original, não esqueça!

terça-feira, 8 de junho de 2010

200 - A Contra-reforma

A Contra-Reforma, de modo geral, consistiu em um conjunto de medidas tomadas pela Igreja Católica com o surgimento das religiões protestantes. Longe de promover mudanças estruturais nas doutrinas e práticas do catolicismo, a Contra-Reforma estabeleceu um conjunto de medidas que atuou em duas vias: atuando contra outras denominações religiosas e promovendo meios de expansão da fé católica. 

Uma das principais medidas tomadas foi a criação da Companhia de Jesus. Designados como um braço da Igreja, os jesuítas deveriam expandir o catolicismo ao redor do mundo. Contando com uma estrutura hierárquica rígida, os jesuítas foram os principais responsáveis pelo processo de catequização das populações dos continentes americano e asiático. Utilizando um sistema de rotinas e celebrações religiosas regulares, a Companhia de Jesus conseguiu converter um grande número de pessoas nos territórios coloniais europeus. 

A Inquisição, instaurada pelo 
Tribunal do Santo Oficio, outra instituição eclesiástica criada na Contra-Reforma, teve como principal função combater o desvio dos fiéis católicos e a expansão de outras denominações religiosas. Além de perseguir protestantes, a Santa Inquisição também combateu judeus e islâmicos, que eram considerados pecadores e infiéis. Entre outras formas, a Inquisição atuava com a abertura de processos de investigação que acatavam denúncias contra hereges e praticantes de bruxaria. Caso fossem comprovadas as denúncias, o acusado era punido com sanções que iam desde o voto de silêncio até a morte na fogueira. 

Em 1542, o Concílio de Trento, uma reunião dos principais líderes da Igreja organizada pelo papa Paulo III, selou o conjunto de medidas tomadas pela Contra-Reforma. No Concílio de Trento estabeleceu-se o princípio de infabilidade papal e a declaração do Índex, conjunto de livros proibidos pela Igreja. Além disso, a Vulgata foi estabelecida como versão oficial da Bíblia Sagrada, foi proibida a venda de indulgências e todas as doutrinas católicas foram reafirmadas.
Concílio de Trento
Assembléias realizadas pela Igreja Católica em Trento, Itália, entre 1545 e 1563, para tentar definir as crenças católicas e refutar os ensinamentos protestantes. Também estabeleceu muitas reformas nas práticas da Igreja. Seus resultados impulsionaram a Contra-Reforma, movimento de renovação da Igreja Católica durante os séc. XVI e XVII. O Papa Paulo III convocou o Concílio em 1542, que só se instalou em 13 de dezembro de 1545. Guerras e disputas religiosas interromperam com freqüência os trabalhos. Durante o primeiro período (1545-1547), o Concílio declarou que as Escrituras e a tradição (as obras dos apóstolos, os decretos de Papas e concílios e os costumes praticados pelos cristãos) eram fontes de mesmo valor na fé católica. Durante o segundo período (1551-1552), o Concílio definiu a natureza dos sete sacramentos e reafirmou a doutrina da transubstanciação (a transformação do pão e do vinho no corpo e no sangue de Cristo). No período final (1562-1563), o Concílio defendeu a concessão de indulgências, aprovou as preces a santos e definiu o sacrifício da missa. O Papa Pio IV confirmou todos os decretos do Concílio de Trento em 26 de janeiro de 1564, e eles se tornaram parte da doutrina católica.