segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Empirismo e Criticismo


É possível se pensar em algo sem o auxílio dos nossos cinco sentidos (visão, audição, paladar, tato e olfato)? Essa é uma questão que os empiristas Ingleses, como John Locke e David Hume se propuseram a investigar. Segundo John Locke somos como “tábulas rasas” e graças à experiência adquirimos conhecimento. Isto é, só formamos conhecimento com e tão somente com o auxílio dos nossos cinco sentidos. A palavra empirismo significa experiência.

Mas há outra escola de pensamento, chamada criticismo e que coloca a razão como o pilar para a obtenção de conhecimento. Sem necessariamente termos o auxílio dos nossos cinco sentidos. O filósofo que melhor representa esta escola filosófica é Immanuel Kant. Este nos indica, ao que parece, que por termos estruturas internas da sensibilidade, como espaço e tempo, realizamos a experiência antes mesmo de realiza-la com nossos cinco sentidos. Assim sendo, parece possível se afirmar que conhecemos sem o auxílio dos nossos cinco sentidos. Imagine os exemplos a seguir: Deus, a imortalidade da alma e Liberdade. Por acaso você vê, cheira, toca, come, escuta a alma, usando o bom senso, a resposta será, CLARO QUE NÃO. Por mais que você diga que sim, ou simplesmente diga que sente. Esse sentir não é o mesmo “sentir” das sensações. Eu só posso sentir com o auxílio dos meus cinco sentidos e tudo aquilo que não passa pelos meus cinco sentidos não pode ser sensação e sim, REFLEXÃO.

Percebe-se aqui a distinção então entre o que sentimos e o que refletimos. Enquanto o empirismo propunha que todo nosso conhecimento deriva da experiência, o criticismo diz que não necessariamente, pois temos a reflexão sem o auxílio dos sentidos: eu nunca vi Deus, mas ainda assim eu REFLITO sobre ele constantemente. Eu nunca vi e nem toquei a liberdade, mas ainda assim eu REFLITO a respeito dela.

Um outro exemplo para marcar bem essa noção de reflexão: Imagine o número 12. Pronto. Imaginou, não é mesmo? E se eu perguntar depois disso, quanto é 6+6, 2+2+2+2+2+2, 5+5, 10+2, 14-2 e outras alternativas; por acaso você pensou em todas essas possibilidades quando eu pedi para imaginar o número doze? Claro que não. Você já tinha previamente esta experiência sem o auxílio dos sentidos. O filósofo Kant nos aponta dois tipos de conhecimentos:

A priori: Todo e qualquer conhecimento obtido sem o auxílio dos nossos cinco sentidos.

A posteriori: Todo e qualquer conhecimento adquirido com o auxílio da experiência por intermédio dos nossos cinco sentidos.

Questões:

1- É possível se pensar em algo sem o auxílio dos sentidos? Dê exemplos.

2- O que nossa razão nos permite conhecer? Qual o papel da imaginação? Dê exemplos.

2 comentários:

  1. ótimo blog. Visitarei mais vezes.


    Seguiria meu blog?

    http://jollyroger80s.blogspot.com/

    Escrevo textos sobre História focando em política internacional e Indústria cultural principalmente. O espaço também engloba ilustrações, fotografia, montagens, humor e cultura pop em geral.

    ps. Também sou professor.

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  2. Pro Mara , seu blog é muito lindo e ótimo !
    Beijos , Gaby do Burkart :)
    www.garotaciumenta.blogspot.com

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